pecuária

CRIAÇÃO DE ANIMAIS PARA CONSUMO

A criação de animais é feita em ambiente controlado, com instalações especificas cumprindo os requisitos estabelecidos na legislação aplicável, em termos de áreas, equipamentos e materiais de edificação.

As boas práticas incluem:

Alimentação
Fornecer dietas equilibradas para otimizar o crescimento dos animais com menor impacte para o ambiente.

Cuidados veterinários
Acompanhar de perto a saúde dos animais e fornecer profilaxia e tratamento se necessário.

Conforto ambiental
Espaço ajustado ao tipo/porte do animal e regulação da temperatura, da humidade e da ventilação para assegurar as condições ideais.

Uso eficiente de recursos: maximizar a criação com o menor uso de recursos, como água e alimentos.

Bem-estar animal: Proporcionar áreas e materiais que permitam o desenvolvimento dos animais respeitando as suas necessidades e os seus comportamentos naturais.

Por vezes é possível, criar animais em espaços abertos, como pastagens, dependendo da região de localização e da espécie animal.

As boas práticas incluem:

Pastoreio: permitir que os animais tenham acesso a pastagens naturais ou semeadas e pastem livremente.

Movimento livre: fornecer espaço para os animais se movimentarem e expressarem comportamentos naturais.

Conservação do ambiente: gerir as pastagens de forma sustentável e proteger o meio ambiente.

Bem-estar animal:  Proporcionar áreas e materiais que permitam o desenvolvimento dos animais respeitando as suas necessidades e os seus comportamentos naturais.

 

BEM-ESTAR ANIMAL NA PECUÁRIA

Bem-estar animal na pecuária: promover práticas sustentáveis e éticas.

O bem-estar animal na pecuária é um tema de crescente importância à medida que a sociedade exige práticas mais éticas e sustentáveis na produção de alimentos de origem animal. O conceito de bem-estar animal baseia-se em premissas fundamentais que buscam garantir que os animais sejam tratados com dignidade e respeito em todas as etapas da sua vida.

Pressupostos do bem-estar animal
As “5 liberdades”:

Livre de fome e sede: garantir acesso a água e alimentação adequada em quantidade, segurança e qualidade.

Livre de desconforto: proporcionar ambientes adequados e espaços que atendam às necessidades naturais dos animais.

Livre de dor, ferimento e doença: fornecer cuidados veterinários e prevenir doenças e lesões sempre que possível.

Livre de medo e stress: evitar práticas que causem stress, medo ou sofrimento desnecessário.

Livre de expressar comportamentos naturais: permitir que os animais expressem seus comportamentos naturais e instintivos.

 

EXEMPLOS DE BOAS PRÁTICAS NA PECUÁRIA

Espaço adequado
Proporcionar espaço suficiente para que os animais se possam movimentar, e estar confortavelmente instalados. De reforçar que para além de haver legislação europeia com indicação obrigatória de áreas mínimas para a criação dos animais de consumo de acordo com a espécie animal, ainda assim, existem sistemas de certificação voluntária, em que os criadores de animais optam por conceder mais área do que a legislada para melhorar o bem-estar dos seus animais.

Estes sistemas de certificação para o Bem-Estar animal são voluntários, e determinam a aplicação de requisitos ainda mais exigentes que a própria legislação, aplicando-se quer nas explorações quer no transporte de animais vivos quer ainda nos centros de abate.

Gestão de stress
Reduzir o stress durante o transporte ou mudanças de ambiente.

Cuidados veterinários

Garantir acompanhamento veterinário regular e adequado, incluindo imunizações/profilaxias e tratamento de doenças.

Alimentação equilibrada
Fornecer dietas equilibradas ajustadas às necessidades nutricionais dos animais face à fase de desenvolvimento

Métodos de abate com atordoamento
Utilizar métodos de abate que impeçam o sofrimento dos animais. Também nesta área, existem sistemas de certificação voluntários que são mais exigentes que a própria legislação e que têm vindo a ser aplicados nas indústrias, com o objetivo de evitar o sofrimento animal.

Ambiente confortável
Oferecer abrigo e proteção contra condições climáticas extremas.

Melhorias genéticas
Selecionar raças e genótipos animais que se adaptem melhor às condições da criação.

Certificação
Processo de certificação, por entidades independentes, de boas práticas de bem-estar animal com exigências superiores ao referencial regulamentar, de acordo com normas científicas reconhecidas. 

Porque são adotadas melhores práticas de bem-estar animal pelos produtores/ criadores?

 

Perceção e Responsabilidade Social
Os consumidores estão cada vez mais conscientes das práticas de produção de alimentos e têm mostrado preferência por produtos de origem animal que respeitem o bem-estar dos animais.

Na Europa os requisitos legais para o bem-estar animal são os mais exigentes, ainda assim, existe ainda a aplicação de sistemas voluntários de certificação que asseguram padrões mais elevados que a legislação.

Cumprimento de requisitos legais
Sobretudo na Europa, são cada vez mais rigorosas as normas relacionadas com o bem-estar animal. Os produtores que cumpram ou até superem os padrões legais garantem uma vantagem competitiva.

Eficiência e Rentabilidade
Animais que são tratados com respeito e recebem condições de vida adequadas são mais saudáveis. Investir no bem-estar animal aumenta a eficiência e a rentabilidade da produção.

Qualidade
Animais que são criados em ambientes mais saudáveis e que recebem cuidados adequados podem produzir carne, leite, ovos ou outros produtos de melhor qualidade. O Consumidor tem preferência por estes cuidados e os próprios criadores sabem da vantagem que usufruem quando o bem-estar é acautelado.

Acesso a diferentes mercados
Os mercados impõem cada vez mais padrões rigorosos em relação ao bem-estar animal. Produtores que cumpram esses padrões têm acesso a mais oportunidades para aumentar as exportações e expandir o seu volume de negócios.

Sustentabilidade a longo prazo
Práticas agrícolas que respeitam o bem-estar animal são mais sustentáveis a longo prazo. Isso inclui a gestão responsável dos recursos naturais, a redução do uso de antibióticos e a mitigação do impacte ambiental.

Minimização de riscos e custos
A não observação do bem-estar animal pode levar a problemas de saúde nos animais, aumentando os custos veterinários e reduzindo a eficiência da produção. Investir em práticas que promovam o bem-estar animal ajuda a minimizar esses riscos e custos associados.

 

ALIMENTAÇÃO ANIMAL

Alimentação Animal: Complementaridade é a palavra-chave.

A produção de matérias-primas para alimentação animal não concorre diretamente com a produção de alimentos para humanos. Na verdade, esses dois sistemas estão interligados e são complementares.

Alimentar os nossos animais é essencial para garantir alimentos saudáveis e seguros. O que os animais comem afeta a qualidade e segurança dos seus produtos, como a carne e o leite, que fazem parte da nossa dieta.

A famosa frase “somos aquilo que comemos” aplica-se tanto aos humanos como aos animais que criamos. Garantir uma alimentação equilibrada, segura e de qualidade para os animais é fundamental como garantia de produtividade sustentável, e para a segurança dos alimentos, para a saúde e o bem-estar de todos.

Portanto, a produção de alimentos para animais é uma parte vital do sistema alimentar global.

 

 

EFICIÊNCIA PRODUTIVA

Eficiência produtiva: economia circular e proteção do ambiente.

A eficiência produtiva é a chave para conciliar o crescimento económico com a proteção do ambiente.

A economia circular é um conceito fundamental nesse contexto, visando reduzir o desperdício e aumentar a reutilização de recursos. Ao adotar práticas mais eficientes – como a reciclagem e a reutilização, podemos reduzir a pressão sobre os recursos naturais e minimizar o impacte ambiental da produção.

Esta abordagem não preserva apenas o ambiente, mas também pode potenciar a economia e promover a sustentabilidade a longo prazo.

 

 

EVOLUÇÃO TECNOLÓGICA

Evolução tecnológica, biossegurança e saúde animal.

O avanço tecnológico desempenha um papel crucial na proteção da saúde animal. As novas tecnologias permitem o diagnóstico mais eficaz de doenças, o controlo de surtos e a garantia de práticas seguras de criação.

A biossegurança, impulsionada pela evolução tecnológica, desempenha um papel essencial na prevenção de doenças, ao proteger os animais e garantir a segurança dos alimentos de origem animal.

A combinação de tecnologia e biossegurança é fundamental para manter a saúde animal e, consequentemente, a saúde humana e mesmo a segurança alimentar.

 

 

 

SEGURANÇA DOS ALIMENTOS E RASTREABILIDADE

A rastreabilidade é um pilar essencial da segurança dos alimentos, pois permite o acompanhamento detalhado do processo de um alimento, desde a sua produção até chegar o consumidor final. Esta ferramenta é fundamental para identificar e controlar eventuais problemas ou riscos na cadeia alimentar e a retirada do mercado se for caso disso, para que, alimentos não seguros não cheguem à mesa do consumidor.

A rastreabilidade é um instrumento vital para garantir que os alimentos que chegam à nossa mesa estão de acordo com os mais elevados padrões de segurança, protegendo assim a saúde dos consumidores.

 

 

REGRAS

Legislação e obrigatoriedade na pecuária.

Na União Europeia a criação de animais para consumo é regulamentada por legislação de elevada exigência, que visa garantir a segurança dos alimentos de origem animal, o bem-estar animal e a sustentabilidade ambiental.

Essas regras estabelecem padrões obrigatórios que os produtores devem cumprir ao detalhe, para promover uma pecuária responsável, ética e segura.

Respeitar essas obrigações é fundamental para manter a segurança dos produtos e preservar o equilíbrio entre criação e preservação ambiental.