CRIAÇÃO DE ANIMAIS
Como podemos garantir aos consumidores que os produtos que compram respeitam o bem-estar animal
Garantir que os produtos adquiridos pelos consumidores provêm de sistemas em que o bem-estar animal é promovido, envolve a combinação de legislação (condições de bem-estar mínimas, mas obrigatórias), de sistemas de certificação (avaliação e reconhecimento) e rotulagem (transmissão da informação ao consumidor). Para que funcione, todo o processo deve estar suportado em evidência científica e ocorrer com a maior transparência e imparcialidade. Ou seja, a informação que chega ao consumidor deve ser credível, séria e esclarecedora.
Para tal deve ser montado um sistema de certificação que deve incluir:
- Apoio à produção por técnicos que ajudam a implementar as melhores práticas.
- Garantia do cumprimento da legislação e regulamentos pelos serviços oficiais.
- Avaliação (voluntária) de uma série de indicadores de bem-estar, normalmente organizados num protocolo cientificamente válido, por auditores com formação adequada.
- Utilização de um rótulo ou selo que reflita o grau de bem-estar nas explorações produtoras, mas também nas condições de transporte e de abate quando aplicável. O rótulo deve ser de fácil leitura, espelhar as verdadeiras condições a que os animais estão submetidos e estar permanentemente atualizado. Isto permite que os consumidores façam verdadeiras escolhas informadas.
- É essencial que as empresas forneçam informações detalhadas que permitam rastrear a origem dos produtos. Só assim o consumidor pode confiar naquilo que adquire.
Para que tudo isto resulte é preciso que o consumidor seja bem informado e saiba ler a informação disponibilizada.
O bem-estar animal não pode ser um truque para vender mais, mas deve ser um requisito de um produto de elevada qualidade, como o é a segurança, a composição ou a qualidade. Por vezes pode ser necessário realizar campanhas que eduquem os consumidores sobre a importância do bem-estar animal, sobre os métodos de produção e sobre como ler rótulos e reconhecer certificações credíveis. Só assim se poderá combater a desinformação e as meias-verdades que são postas a circular sem qualquer fundamento científico.
Em suma, estas ações, quando combinadas, podem ajudar a criar um mercado mais consciente e comprometido com o bem-estar dos animais, permitindo que os consumidores façam escolhas informadas e éticas.